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Cadeia de Custódia em Investigações Internas: Como Preservar Provas Corporativas

Nas investigações internas corporativas, preservar a cadeia de custódia da prova é fundamental para assegurar a integridade, autenticidade e confiabilidade dos elementos coletados.
Quando bem estruturada, ela protege a empresa contra alegações de manipulação e garante que as evidências tenham valor jurídico perante autoridades e no Judiciário.


O que é a cadeia de custódia?

É o conjunto de procedimentos documentados que asseguram que a prova, desde sua coleta até sua destinação final, permaneça intacta e livre de alterações indevidas.
No Brasil, o conceito é regulado no Código de Processo Penal (arts. 158-A a 158-F), mas sua aplicação também é recomendada em investigações privadas e corporativas.


Principais tipos de provas em investigações internas

  • Computadores e equipamentos disponibilizados pela empresa – preservação de discos, logs e arquivos.

  • Celulares e dispositivos móveis corporativos – coleta forense com preservação de metadados.

  • E-mail corporativo – exportação autenticada e controle de acesso restrito.

  • Canais de denúncia – guarda segura e proteção da identidade do denunciante.

  • Provas documentais – contratos, relatórios, notas fiscais e registros contábeis.


Etapas essenciais da cadeia de custódia

  1. Identificação – Definir quais evidências serão preservadas.

  2. Coleta – Feita por equipe autorizada, sem alterar o conteúdo original.

  3. Registro detalhado – Data, hora, local, responsável e circunstâncias.

  4. Lacração e armazenamento seguro – Físico ou digital, com controle de acesso.

  5. Controle de movimentações – Documentar toda manipulação ou transferência.

  6. Destinação final – Arquivamento, uso interno ou entrega a autoridades.


Riscos da quebra da cadeia de custódia

  • Provas invalidadas em processos judiciais ou administrativos.

  • Fragilidade em decisões internas, como desligamento por justa causa.

  • Danos à imagem e reputação corporativa.


Conclusão

A cadeia de custódia é muito mais que um requisito técnico: é uma ferramenta estratégica de compliance e governança corporativa.
Ao garantir que provas digitais e documentais sejam coletadas e preservadas corretamente, a empresa protege sua credibilidade e a efetividade de suas decisões.


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